10.11.09

vilaria

cidade nasce quando se pisa o pé no passeio público
conhece cidade quem sabe o cio do ócio a cia da lida

.

exemplo grande o arrepio de São Paulo que nos suprime do olho o horizonte
ou, antes, cria sua verticante como se sempre ímpeto
não repouso

de cá o espalhar esburacado de Uberlândia pelo cerrado - sublime olho'rizonte -
alguns despontamentos em prédios não tomam da gente nenhum azul
nenhum repouso esparramado nenhuma ausência de avistamentos

Goiandira que é mais um seu do que um céu - o cheiro da ferrovia da cotovia -
extrair da
p  a  r  a  l  i  s  i  a
                                                   o movimento do sol
o gosto do sal de sua terra branca, de sua gente parda
- pardo meu sangue vento - seus paralelepípedos hexagonais
como se abelhas os habitassem caladas, melando os sapatos
o saber do pequi seu sabor amarelo
os doidos as crianças os senhores as meninas os doces

... :

vejo agora dentro de mim
uma pequena rua negra de casas brancas de amigos velhos de sanduíches com alface de caminhões e vidraças

(se nem tudo foi bom
- quase)

estando em
pé 1000
estrelas em
redemoinho

aguardo a dissolução
- tudo passa -
fincado o carinho

Um comentário:

Raquel Beatriz disse...

percursos!!!

espero que um dia dê certo uma parada aqui em sacramento, pra um café!

e assim acaso a vontade apareça você escreva.

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