verbete: nada | s.m.
o indizível
feito
palavra.
18.11.09
poema parasita 2
No setembro
tem chuvas.
Nas chuvas
brotam cigarras.
tem chuvas.
Nas chuvas
brotam cigarras.
por sua vez,
cigarros
, nas chuvas,
desbotam,
impotentes.
Cigarras
cigarilham
estridentes
dentro
dos meus
orifícios.
cigarilham
estridentes
dentro
dos meus
orifícios.
e, nos meus,
flutuantes,
cigarros aniquilam
dentifrícios.
ci ga rra | ci ga rra
e..s...f...u..m...a..ç..a...
Nome, som
incrustantes.
nome, som
deteriorantes.
* os versos em vermelho são da poeta Raquel Beatriz, do blog: Desacanhamento poético
poema parasita 1
costurados ao
céu
algodões
engravidam de escuro.
céu
algodões
engravidam de escuro.
rompe-se a bolsa:
chuva.
* os versos em vermelho são do poeta Muryel de Zoppa, do blog: Crônicas, Metáforas e Outros Mamíferos
10.11.09
vilaria
cidade nasce quando se pisa o pé no passeio público
conhece cidade quem sabe o cio do ócio a cia da lida
.
exemplo grande o arrepio de São Paulo que nos suprime do olho o horizonte
ou, antes, cria sua verticante como se sempre ímpeto
não repouso
de cá o espalhar esburacado de Uberlândia pelo cerrado - sublime olho'rizonte -
alguns despontamentos em prédios não tomam da gente nenhum azul
nenhum repouso esparramado nenhuma ausência de avistamentos
Goiandira que é mais um seu do que um céu - o cheiro da ferrovia da cotovia -
extrair da
p a r a l i s i a
o movimento do sol
o gosto do sal de sua terra branca, de sua gente parda
- pardo meu sangue vento - seus paralelepípedos hexagonais
como se abelhas os habitassem caladas, melando os sapatos
o saber do pequi seu sabor amarelo
os doidos as crianças os senhores as meninas os doces
... :
vejo agora dentro de mim
uma pequena rua negra de casas brancas de amigos velhos de sanduíches com alface de caminhões e vidraças
(se nem tudo foi bom
- quase)
estando em
pé 1000
estrelas em
redemoinho
aguardo a dissolução
- tudo passa -
fincado o carinho
conhece cidade quem sabe o cio do ócio a cia da lida
.
exemplo grande o arrepio de São Paulo que nos suprime do olho o horizonte
ou, antes, cria sua verticante como se sempre ímpeto
não repouso
de cá o espalhar esburacado de Uberlândia pelo cerrado - sublime olho'rizonte -
alguns despontamentos em prédios não tomam da gente nenhum azul
nenhum repouso esparramado nenhuma ausência de avistamentos
Goiandira que é mais um seu do que um céu - o cheiro da ferrovia da cotovia -
extrair da
p a r a l i s i a
o movimento do sol
o gosto do sal de sua terra branca, de sua gente parda
- pardo meu sangue vento - seus paralelepípedos hexagonais
como se abelhas os habitassem caladas, melando os sapatos
o saber do pequi seu sabor amarelo
os doidos as crianças os senhores as meninas os doces
... :
vejo agora dentro de mim
uma pequena rua negra de casas brancas de amigos velhos de sanduíches com alface de caminhões e vidraças
(se nem tudo foi bom
- quase)
estando em
pé 1000
estrelas em
redemoinho
aguardo a dissolução
- tudo passa -
fincado o carinho
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